quinta-feira, 30 de junho de 2022

Conselheiro do Corinthians projeta custo de R$ 1,5 bilhão em novo acordo sobre a Arena

Dois dias após a aprovação unânime do Conselho Deliberativo do Corinthians do novo acordo com a Caixa Econômica Federal, para o pagamento do financiamento da Neo Química Arena, um dos conselheiros analisou os termos em questão.

Formado em Engenharia pela Universidade de São Paulo e com pós-graduação em Mercado Financeiro, Rozallah Santoro trabalhou por 20 anos como executivo em bancos. Por fim, é um dos fundadores do “Movimento Corinthians Grande” e está em seu primeiro mandato como conselheiro.

Rozallah elogia o trabalho no Timão

 

A princípio, Rozallah elogiou o trabalho feito pelo departamento financeiro do Timão, que foi responsável pela apresentação ao Conselho, e fez sua análise sobre o acordo.

“Quando teve a ação da Caixa sobre o Corinthians, a dívida que a Caixa reclamava em agosto de 2019 estava em R$ 480 milhões e era cobrada uma multa de 10% de adicionais pelo ajuizamento da execução.

Até janeiro de 2022, esse saldo devedor foi atualizado para R$ 611 milhões. Neste novo acordo, o clube tem um ano de carência para começar a pagar os juros, então vai começar em janeiro de 2023, e depois fiquei em dúvida se em janeiro de 2025 ou 2026 começa a pagar o valor principal. Esses pagamentos vão até dezembro de 2041. Estamos falando de 20 anos para frente”.

O problema do acordo

 

Na visão do economista, o grande problema do acordo é a mudança no índice da taxa de juros.

“Fazer um acordo nunca é bom, já quer dizer que a gente não cumpriu alguma coisa. E aí você tem de ceder algumas coisas para ter o meio termo. O que mais chama a atenção de quem analisa é a questão da indexação. A gente tinha uma dívida com a Caixa que tinha como base a linha de incentivo para os estádios da Copa, que tinha uma taxa de juros contratual de TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) + 3,6% ao ano.

E foi renegociada para CDI (Certificado de Depósito Interbancário) + 2%. Para dar uma ideia do impacto, o primeiro ano de projeção de TJLP + 3,6% ficaria na casa de 10,5% ao ano. O CDI para esse ano já está nos 13,5%. Com mais 2%, ele está nos 15,5%. Então são 5% a mais de juros por ano. Em cima de R$ 611 milhões, quando a gente começar a pagar os juros em janeiro de 2023, já serão R$ 30 milhões a mais do que era na taxa original”.

Como será o pagamento?

 

Corinthians vai arcar com parcelas trimestrais, segundo informado na reunião do Conselho. A projeção, nesse sentido,  é que o valor anual, na soma dos trimestres, seja algo na casa de R$ 70 milhões ao ano.

“Se somarmos todas as parcelas que serão pagas, vai dar algo na casa de R$ 1,5 bilhão ao longo dos 20 anos. Esse é o tamanho da encrenca. Claro que é muito melhor ter um acordo ruim do que uma boa briga. A aprovação foi unânime por, na minha opinião, não haver outra opção”.

A importância do Name Rights

 

Além disso, o Timão conta com R$ 300 milhões vindos da receita dos Naming Rights da Arena ao longo dos próximos 20 anos, pagos pela Hypera Pharma. O valor é atualizado de acordo com o índice IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado).

“A projeção que a gente (grupo de conselheiros) faz é que a diferença de quanto se recebe do Naming Rights para o que vamos pagar de parcela por ano será na casa de R$ 50 milhões a R$ 60 milhões. É alto. Mas tudo vai depender muito das outras receitas que o clube conseguir fazer com a Arena”.

Por fim, segundo informações repassadas aos conselheiros, o acordo que passou pelo Conselho Deliberativo está pré-aprovado na Caixa, mas ainda depende de homologação. Isso deve acontecer num prazo de dois a três meses para que o documento seja assinado junto com a Caixa.

“Não é um tema fácil. Por mais que a gente torça para que isso dê certo, tudo o que se apresenta nos leva a acreditar que em três ou quatro anos teremos de sentar de novo para aprovar um novo acordo. Salvo alguma mudança radical na capacidade da Arena gerar suas próprias receitas”, finalizou.

Foto destaque: Reprodução / Corinthians

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